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Verme do coração

A condição denominada como “verme do coração” também é conhecida como dirofilariose, e está se tornando cada vez mais comum no Brasil, especialmente no verão e nas cidades litorâneas.

As altas temperaturas são extremamente favoráveis para o crescimento de mosquitos que espalham doenças. Por exemplo, as espécies de mosquitos Culex, Aedes e Anopheles, responsáveis pela transmissão de dirofilariasis caninas e felinas, aproveitam esta época do ano para se desenvolver e se multiplicar mais rapidamente.

Desta forma, é crucial enfatizar que pragas de verão como pulgas e carapaça não devem ser a única causa de preocupação, especialmente quando estamos falando de uma zoonose séria como a doença do verme do coração em cães.

Causas e transmissão

Como regra geral, o primeiro passo para garantir uma boa proteção é entender como o cachorro pega verme do coração. Para que um animal de estimação seja infectado, ele deve ser picado por um mosquito portador de larvas de microfilaria. Essas larvas se desenvolvem dentro de alguns dias e vão para o coração através da corrente sanguínea para completar seu ciclo de vida lá.

O parasita nematóide Dirofilaria immitis, que mais se assemelha a uma “lombriga” embora aja de forma muito diferente, é a causa da doença conhecida como dirofilariosis canina.

Ele se instala em vários órgãos, como os pulmões e o coração, motivo pelo qual ele é conhecido como o “verme do coração”.

 Os animais que sofrem de dirofilariose canina e felina apresentam sintomas característicos de doenças cardíacas, como tosse seca, falta de ar e mucosas pálidas ou arroxeadas. Isso acontece porque, com o tempo, o verme do coração cresce e toma conta de grande parte do órgão, atrapalhando seu funcionamento.

 A transmissão acontece através da picada de mosquitos que tenham picado outro hospedeiro infectado previamente.

 Diagnóstico e sintomas

O diagnóstico do verme do coração pode ser feito por um médico-veterinário e confirmado por exames complementares, como a sorologia específica para dirofilariose. Em alguns casos, é possível detectar a presença do verme em hemogramas comuns, observando o parasita por um microscópio.

Veja alguns dos principais sintomas de verme do coração: 

▶ Intolerância ao exercício;

▶ Fraqueza;

▶ Apatia; 

▶ Tosse crônica;

▶ Respiração acelerada;

▶ Dispneia (respiração rápida e curta);

▶ Perda de peso. 

Importante destacar: a gravidade da dirofilariose está relacionada à quantidade de vermes no organismo do pet.

Tratamento

Sim, o verme do coração pode ser tratado! Mas, é importante lembrar que a melhor maneira de manter o seu animal de estimação saudável é seguir todas as medidas de prevenção, especialmente durante o verão.

Me modo geral, os tratamentos costumam ser realizados com adulticidas e microfilaricidas, para matar todos os microorganismos.

Prevenção

 O melhor método para prevenir o verme do coração em cachorro é impedir que sejam picados por mosquitos. Coleiras e pipetas disponíveis no mercado prometem manter os mosquitos infectados longe do seu pet, prevenindo assim a transmissão do parasita.

 Os vermífugos específicos à base de ivermectina são eficazes e devem ser administrados alguns dias antes da visita do animal à praia. Estes podem não ser indicados para qualquer raça e, por isso, é fundamental consultar um médico-veterinário antes de usá-los o seu pet.

 Lembre-se: quando falamos de praia, não estamos apenas falando da parte com mar e areia, mas da região do litoral como um todo. E é justamente nessa região que há maior chance de haver mosquitos infectados.

 Você deve sempre consultar um médico-veterinário antes de utilizar qualquer produto em seu pet. Somente ele saberá qual o mais indicado para cada caso. Não utilize produtos que não foram recomendados pelo médico-veterinário, pois isso pode colocar em risco a saúde do seu animal.

 

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