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Sarna Sarcóptica em cães: causas, sintomas e tratamento

A Sarna Sarcóptica, ou Escabiose, é uma doença cosmopolita, não sazonal, sem predisposição de raça, sexo ou idade. Sua transmissão ocorre fundamentalmente por contato direto com um animal infectado.

É causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei, que perfura a pele de cães e, Notoedres cati. que contamina os gatos formando túneis. Ela causa muita coceira e pode resultar em infecções na pele, além de ser uma zoonose altamente contagiosa, ou seja, pode ser transmitida aos humanos também.

O Sarcoptes scabiei é um parasita exclusivo da pele e que sobrevive poucas horas no meio ambiente, cerca de 20 a 48 horas. O ciclo de vida do ácaro completa-se em cerca de 21 dias no hospedeiro. As larvas, ninfas e adultos imaturos representam os estádios de contágio. As fêmeas possuem um tempo médio de vida de 30 dias, escavando galerias na epiderme a uma velocidade de dois a três milímetros por dia. Os ovos são depois colocados nesses túneis, de onde eclodem as larvas que migram até à superfície da pele para se alimentarem.

Por isso, deve-se evitar o contato com o animal infectado até que ele tenha sido tratado com acompanhamento do veterinário. 

Manifestações clinicas

Inicialmente o parasita se aloca nas zonas sensíveis da pele, como axilas, virilhas, orelhas, região periocular, zonas ventrais do peito, tórax e abdómen, dispersando-se em cerca de um mês ao resto do corpo.

Os sinais clínicos incluem:

▶ Prurido intenso

▶ Descamação 

▶ Pápulas 

▶ Escoriações 

▶ Alopecia secundária e difusa com eritema

▶ Crostas espessas amareladas

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico desta doença é baseado na anamnese (história de possível contágio e/ou de prurido intenso súbito em uma ou em várias áreas localizadas que alastram com o tempo), no exame físico revelador de sinais clínicos e lesões compatíveis com esta sarna. 

Quando surgem os sintomas gerais referidos anteriormente, também se deve realizar o diagnóstico diferencial com doenças sistêmicas mais graves, como por exemplo a leishmaniose.

O método laboratorial de eleição para se estabelecer o diagnóstico definitivo é a observação microscópica dos ácaros adultos ou dos seus ovos em amostras resultantes da raspagem cutânea superficial das lesões. As raspagens são realizadas na direção de crescimento do pelo até se observar um ligeiro sangramento capilar.

O controle ideal desta dermatite inclui o tratamento etiológico dos animais afetados, tal como a descontaminação do ambiente frequentado pelos hospedeiros. Como esta sarna apresenta uma elevada capacidade de contágio, é importante para a prevenção e para o controle da doença que todos os animais em contato com um infectado sejam tratados, pois podem existir portadores subclínicos e assintomáticos.

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