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Hipoglicemia em cães: o que você precisa saber?

A quantidade de açúcar no sangue dos cães é tão significativa quanto nos humanos. De fato, até porque, é daqui que os corpos extraem grande parte de sua energia. Quando o nível de açúcar no sangue de um cão atinge um nível perigosamente baixo, o fenômeno da hipoglicemia começa. A grande maioria dos casos acontecem em cães filhotes.

Para te proporcionar a oportunidade de aprender mais sobre o assunto, criamos este artigo! Continue lendo, para descobrir mais sobre esta doença!

O que é hipoglicemia em cães?

A hipoglicemia, refere-se a um baixo nível de açúcar no sangue ou glicose na corrente sanguínea do seu cão. A glicose é uma importante fonte de energia para as células do corpo do seu amigão, principalmente as do cérebro. Porém, a glicose em excesso é tão prejudicial quanto sua carência, sabendo que é a fonte de energia necessária para a realização de qualquer atividade.

Por isso, é importante não confundir, pensando que oferecer açúcar ou doces ao seu animal de estimação é uma boa ideia. O ideal é ter o conhecimento sobre essa doença e saber como agir em casos específicos.

Sintomas

Com uma pequena quantidade de açúcar no sangue, os amigões passam a maior parte do dia dormindo. Essa é uma das causas mais comuns de hipoglicemia em cães.

Quando o nível de glicose no sangue está baixo, os cãezinhos têm menos energia para brincar. Ou, dito de outra forma, enquanto estão experimentando episódios de hipoglicemia, eles não correm e latem tanto quanto em dias que estão com uma taxa normal no organismo. Como resultado, a apatia também é um dos sintomas mais comuns.

De acordo com a queda da taxa de açúcar no sangue, a hipoglicemia pode ser classificada em três tipos:

Hipoglicemia leve: cansaço, fraqueza, fome excessiva e alguns tremores e calafrios;

Hipoglicemia moderada: afetará a coordenação do seu cão. Ele apresentará desorientação, caminhadas em círculos e cambaleados. Outros indícios poderão ser: problemas na visão e inquietude, ocasionando em latidos frequentes.

Hipoglicemia grave: pode causar convulsões, dificuldade para respirar, confusão (não reconhecer o dono), desmaio e coma. Nesta fase, seu animal de estimação estará em risco. 

Causas

Em filhotes, um grande número de calorias é necessário para atender às necessidades de energia para crescimento e desenvolvimento. Isso significa que os filhotes precisam de muita glicose em comparação com os adultos. Cães pequenos com menos de quatro meses são propensos a se tornarem hipoglicêmicos se não comerem várias pequenas refeições ou lanches ao longo do dia.

Como já foi dito anteriormente, a hipoglicemia é ocasionada pela redução de glicose (açúcar) na corrente sanguínea. Existem diversas causas para isso, entre elas:

• Absorção excessiva de glicose pelas células normais (como no caso de insulinoma, também conhecido como tumores de células pancreáticas – em que o hormônio insulina é produzido em excesso, fazendo com que a glicemia diminui por promover a absorção de glicose nas células);

• Ingestão de xilitol, um adoçante natural que estimula a secreção de insulina pelas células β pancreáticas;

• Tumores que aumentam a produção de insulina ou uma substância semelhante à insulina;

• Glicogenólise (rápida degradação do glicogênio para liberação de glicose na corrente sanguínea) e gliconeogênese (processo de conversão de certas substâncias em glicose) são incompatíveis, devido a uma doença hepática;

• Hipoadrenocorticismo – baixa produção de cortisol, estimulando a gliconeogênese;

• Ingestão inadequada de glicose;

• Sepse (por consumo de glicose pelos microorganismos patogênicos);

• Hipoglicemia juvenil (principalmente em raças toys);

• Hipoglicemia neonatal (de recém-nascidos);

• Síndromes paraneoplásicas (um grupo de manifestações clínicas que ocorrem em conjunto com a presença de um tumor) que incluem produção excessiva de insulina ou substâncias similares.

Tratamento

Os veterinários trabalham para fornecer glicose suplementar aos pacientes que têm hipoglicemia. Isso pode ser feito com alimentos para casos leves, enquanto os casos graves geralmente são tratados com glicose injetável administrada diretamente nas veias. Após a estabilização do paciente, é realizado um teste para determinar a causa da hipoglicemia.

Os resultados de um exame de sangue podem ser usados ​​para verificar os níveis de glicose e procurar sinais de infecção ou hepatite. Raios-X com ultrassonografia abdominal podem ajudar a detectar sintomas de hepatite e câncer, enquanto insulinomas podem ser mais difíceis de diagnosticar com base apenas em raios-X. Se existir possibilidade de doença de Addison, recomenda-se um exame de sangue específico chamado teste de estimulação com ACTH.

Caso um paciente consome uma toxina como o xilitol, a hospitalização e a fluidoterapia serão aspectos cruciais do tratamento. A quantidade de glicose no sangue deve ser verificada com frequência usando um glicosímetro ou um monitor contínuo de glicose. Se ocorrerem convulsões, um veterinário pode prescrever medicação anti convulsivas. Para aqueles com derivações hepáticas, a cirurgia é frequentemente necessária para completar o processo. Os cães com insulinomas também requerem cirurgia, mas também podem exigir tratamentos adicionais de um oncologista para evitar que o câncer se espalhe.

Para evitar a hipoglicemia em cães, o ideal é investir em uma alimentação super saudável para o seu amigão! 

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