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Entenda a importância da doação de sangue para os pets

Todo mundo sabe que doar sangue pode salvar vidas, além de ser um ato de amor e solidariedade a quem necessita de ajuda. Por este motivo, resolvemos falar mais sobre a importância desse ato.

 

A transfusão é um procedimento realizado em casos emergenciais e tenta corrigir uma anemia ou disfunção sanguínea severa.

 

As principais indicações para a realização de uma transfusão são:

 

  • Acidentes ofídicos (picadas por animais peçonhentos como cobras);

 

  • Atropelamentos;

 

  • Doenças transmitidas pelo carrapato;

 

  • Insuficiência renal;

 

  • Pancreatite;

 

  • Intoxicações;

 

  • Coagulopatias 

 

Assim como acontece nos bancos de sangue humano, os bancos de sangue animal também sofrem com a falta de doadores. Muitas vezes, o animal morre por não ter sangue à disposição para transfusão.

 

Critérios para realizar a doação de sangue:       

 

A questão é: todos os pets podem ser doadores? A resposta é não! 

 

Existem alguns critérios que devem ser seguidos, tanto com os cachorros quanto para os gatos, confira:

 

Cachorros:

 

  • Saudável;
  • Calmo;
  • Peso superior a 25 kg;
  • Idade entre 1 e 7 anos;
  • Sem doenças infecciosas;
  • Vacinado e desparasitado;
  • Não tomar qualquer medicação além dos desparasitantes;
  • Sem história de doença grave;
  • Não apresentar sopro cardíaco;
  • Não ter recebido transfusão de sangue;
  • Não ser obeso;
  • No caso das fêmeas, não podem estar prenhes;
  • Não podem estar no cio;
  • Não tenha tido carrapatos recentemente e serem negativos para hemoparasitoses (doença do carrapato).

 

 Gatos:

 

  • Saudável;
  • Calmo;
  • Peso superior a 4 kg;
  • Idade entre 1 e 7 anos;
  • Ter criação totalmente indoor (gatos sem acesso à rua);
  • Sem doenças infecciosas;
  • Vacinado e desparasitado;
  • Não tomar qualquer medicação além dos desparasitantes;
  • Sem história de doença grave;
  • Não apresentar sopro cardíaco;
  • Não ter recebido transfusão de sangue;
  • Não ser obeso;
  • No caso das fêmeas, não podem estar prenhes;
  • Não podem estar no cio;
  • Não podem ser Fiv ou Felv positivo.

 

As clínicas que realizam a coleta, colhem uma amostra e são feitos diversos exames e os responsáveis podem pegar os resultados depois, ou seja, além de ajudar outro peludinho, você ganha um check-up para garantir a saúde do seu pequeno.

 

Processo da doação

 

O processo todo costuma girar em torno de 15 minutos. Os cães doadores devem ter peso acima de 25 Kg para realizar a doação de até 20 mL/Kg a cada 4 ou 6 semanas. Já os gatos podem doar de 10 a 12 ml/kg de sangue, com intervalo de pelo menos três semanas.

 

A doação é totalmente indolor, e realizada sem riscos ao animal.

 

Efeitos colaterais

 

O único efeito colateral que pode acontecer é bastante superficial e não dura mais do que 1 dia. Devido à retirada de sangue, o pet pode ficar mais molinho ou um pouco fraco. Isso é perfeitamente normal e passa bem rápido, mas não é comum. 

 

Se o seu animal apresentar desânimo, ficar enjoadinho ou aparentar fraqueza, basta que ele descanse e se alimente normalmente. 

 

Não esqueça de enchê-lo de beijos e abraços! Ele vai ficar bem! 

 

Curiosidades

 

Os gatos podem pertencer a três grupos ou tipos sanguíneos, e os cães a seis grupos ou tipos sanguíneos.

 

No caso dos gatos, os grupos são divididos em tipo A, tipo B e tipo AB. O grupo A é o mais comum e os animais pertencentes a esse tipo correspondem a uma parcela entre 73 e 99,7% dos casos veterinários. 

 

O grupo B abrange a parcela de 0,3 a 26% e o grupo AB pode ocorrer em até 9,7% da população felina.

 

Diferentemente do que acontece com os cães, o risco de reação na primeira transfusão é muito alto e por isso é necessário realizar testes de compatibilidade e/ou tipagem sanguínea antes da primeira transfusão.

 

No caso dos cães, já foram catalogados mais de 20 grupos sanguíneos caninos, porém apenas seis DEA (sigla em inglês para Dog Eritrocyte Antigen, ou “Antígeno Eritrocitário Canino”) apresentam importância na medicina transfusional (DEA 1.1, 1.2, 3, 4, 5 e 7).

 

Dentre esses, o DEA 1.1, 1.2 e 7 são os que apresentam maior risco de reação hemolítica, com maior ênfase aos DEA 1.1 e 1.2. Os cães podem expressar mais de um antígeno na superfície de suas hemácias, ou seja, eles podem apresentar antígenos DEA 1.1 e 7, sendo, portanto, DEA 1.1 e 7 positivos. Cães de uma mesma raça podem ter tipos sanguíneos diferentes, assim como cães de raças diferentes podem ter o mesmo tipo.

 

Armazenagem do sangue

 

A coleta é realizada em bolsas de sangue contendo uma solução anticoagulante. Esse produto é chamado de sangue total refrigerado, com validade de até 35 dias, se armazenado entre 1 a 8ºC. 

 

O sangue também pode ser centrifugado e processado logo após a coleta e gerar até 3 hemocomponentes distintos: o concentrado de hemácias, que também tem validade de até 35 dias; o concentrado de plaquetas, com validade de até 5 dias; e o plasma fresco congelado, que, quando armazenado a -18ºC, é válido por até 1 ano.

 

O sangue tem um prazo de validade curto e os animais que precisam de doação por vezes vêm a falecer por falta de doadores. 

 

Viu só como esse simples ato solidário é importante? 

 

Não deixe de levar seu pet para doar sangue, seja solidário,  ajude a salvar a vida de outros peludinhos!

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