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Dermatologia Veterinária: entenda o que essa especialidade faz e sua importância.

Assim como ocorre na medicina humana, a veterinária tem variadas especialidades para atender os diversos problemas e doenças que surgem em cães, gatos e outros animais. Entre elas, podemos destacar a dermatologia veterinária, que a cada dia se mostra mais avançada e apta para tratar as diferentes patologias de pele que acometem os nossos pets.

Problemas de pele podem acontecer por variados motivos e causas, por isso um profissional especializado é sempre o mais indicado para diagnosticar e tratar as doenças. Ele está mais preparado para tratar esses males que por vezes são bem difíceis de diagnosticar.

O que faz um profissional de dermatologia veterinária?

O profissional de veterinária especializado em dermatologia é o médico responsável pela saúde de pele dos animais de estimação. Nessa área da medicina veterinária estão incluídos também os cuidados com as unhas e as orelhas.

Os deveres desse profissional abrangem a avaliação geral do pet, antes mesmo de começar o tratamento. Na verdade, ele fará uma anamnese, entrevistando o tutor a fim de que ele relate tudo que ocorre com o animal.

Problemas dermatológicos podem ter variadas causas, demandando uma investigação completa sobre os hábitos de vida do animal, o ambiente no qual ele vive, os animais com os quais convive, entre outros fatores que podem desencadear inúmeras patologias. É também de responsabilidade desses profissionais a coleta de amostras para exames, bem como a realização de cirurgias dermatológicas.

Diante da complexidade que envolve algumas doenças de pele, torna-se imprescindível a correta interpretação dos resultados. Por conta disso, um treinamento especializado na área é estritamente necessário. Em especial para tratar problemas de difícil diagnóstico, e para que ele seja realizado com rapidez e precisão.

Quais serviços esse profissional oferece?

Sendo os problemas de pele em pets um dos fatores que mais levam os animais a consultas veterinárias, o trabalho do veterinário dermatologista é intenso. A seguir, saiba quais serviços esses profissionais oferecem:

Raspagem de pele

Esse procedimento é realizado para diagnosticar diversos tipos de problemas, tais como a presença de ectoparasitas, e para fazer culturas bacterianas. O exame é feito por meio de uma raspagem com uma lâmina em uma área específica da pele e depois segue para análise.

Citologia

A citologia é feita para o diagnóstico de bactérias, fungos, entre outras doenças. O procedimento é realizado de várias formas, como punção ou esfoliação.

Teste de alergia

Nesse tipo de exame, o animal é exposto a diversos tipos de alérgenos. Isso acontece porque ele tem como objetivo saber quais substâncias causam reações alérgicas no pet.

Culturas fúngicas bacterianas

O objetivo das culturas é identificar a presença de micoses ou outras possíveis infecções bacterianas. São de extrema importância para determinar o tipo de medicação a ser utilizada — em especial nos casos de antibióticos.

Biópsia

Por sua vez, a biópsia é uma prática comum que consiste na retirada de um fragmento de tecido para encaminhamento de um exame minucioso em laboratório.

Otoscopia

A otoscopia é um procedimento feito com a utilização de um aparelho chamado otoscópio, cuja função é examinar mais de perto o canal auditivo do animal e, assim, identificar possíveis doenças, como a otite.

Em quais situações você deve levar seu pet a um veterinário dermatologista?

Na verdade, problemas de pele são bastante comuns em cães e gatos. No entanto, ao primeiro sinal do incômodo, é recomendado buscar um profissional capacitado, que prontamente saberá realizar os procedimentos adequados para um diagnóstico certeiro.

Dessa forma, evita-se que o problema progrida e torne o tratamento mais difícil e demorado. Abaixo, veja quais sintomas merecem atenção e necessitam de uma avaliação de um veterinário dermatologista:

  • Vermelhidão;
  • Descamação;
  • Ressecamento;
  • Ferimentos;
  • Sensibilidade;
  • Prurido (coceira) excessivo;
  • Presença de ectoparasitas (pulgas e carrapatos);
  • Alopecia (queda de pelos);
  • Movimentação atípica da cabeça;
  • Nódulos ou caroços.

Quais são as doenças de pele mais comuns em cães?

Dermatites

Podem ter causas diversas que vão desde alergias alimentares até picadas de insetos. Quando a dermatite é seca, ela acaba provocando a queda do pelo do animal. Por outro lado, a úmida ocorre em um segundo estágio e deixa a carne exposta. Os sintomas mais comuns da doença são coceira, secreção nos olhos, perda de pelo, entre outros.

Sarna

A sarna sarcóptica é um tipo de doença de pele transmissível ao homem, por isso requer medidas emergenciais. Seus sintomas são em forma de prurido, apresentando bolhas e perda de pelo.

Já a sarna demodécica é transmitida da mãe para o filhote, geralmente durante a amamentação. Ela pode ser percebida inicialmente no focinho do filhote e depois espalha-se para o restante do corpo. É uma patologia que não tem cura, no entanto, não é transmissível para o ser humano.

E em gatos?

Micoses

A micose é uma doença comum em felinos e pode ser transmitida para o ser humano. Começa com queda excessiva de pelo e seguida por coceiras e irritações, sendo esses os maiores indicativos de que seu gato pode estar com a doença. Ela pode ser causada por diversos fatores, entre os quais estão contato com a terra ou com tapetes e proximidade com outros animais infectados.

Sarna sarcóptica

É causada por parasitas que penetram na pele do gato, causando coceira intensa. Além dessa sarna, os felinos podem contrair sarna demodécica, que é a mesma que acomete os cães.

Piodermite

São infecções causadas por bactérias que surgem junto com a sarna ou a micose, e é uma doença de difícil diagnóstico.

Acne felina

São crostas escuras que surgem na pele. Geralmente, ocorre por alergia alimentar ou a tipos de plásticos dos potes nos quais são colocadas a ração e a água.

Esporotricose

Trata-se de uma micose subcutânea causada por um fungo chamado Sporothrix schenckii. Pode acometer tanto animais quanto seres humanos. Geralmente afeta a pele, mas pode atingir os ossos, as articulações e o pulmão.

A transmissão ocorre em situações nas quais o animal tenha algum ferimento aberto e haja contato com algum material contaminado, como plantas, espinhos ou farpas. Outra forma de contaminação ocorre pelo contato com animais infectados.

A melhor medida a se tomar ao primeiro sinal de problema de pele é buscar um bom profissional especialista em dermatologia veterinária. Dessa forma, você poupará seu pet e evitará que o problema se agrave.

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